Bloqueios de estrada israelitas e a recusa de acreditação a repórteres palestinianos que têm de atravessar Israel para viajar entre a Margem Ocidental e a Faixa de Gaza são alguns dos entraves à organização do congresso de jornalistas da Palestina previsto para o final deste ano, denunciaram o Sindicato de Jornalistas Palestinianos (PJS) e a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).

Por esse motivo, ambas as organizações apelaram a uma maior liberdade de circulação dos repórteres e renovaram as promessas de fortalecer a ética jornalística e os direitos das jornalistas nos média e no seio do sindicato.

As posições foram tomadas na sequência de reuniões realizadas entre 11 e 13 de Setembro em Ramallah, Belém e Hebron, às quais compareceram meia centena de jornalistas e activistas dos direitos femininos. Devido aos já referidos obstáculos colocados por Israel não foi possível realizar acções idênticas na Faixa de Gaza.

“A política deve sair da frente para que os jornalistas se possam organizar. Os jornalistas palestinianos anseiam por uma reforma e uma renovação e a comunidade internacional de jornalistas vai apoiá-los nesse caminho”, salientou Nikos Megrelis, membro do Comité Executivo da FIJ presente nestes encontros.

Entretanto, o director do Comité de Relações Externas da Associação de Jornalistas de Jerusalém, Haim Shibi, propôs um fórum conjunto de israelitas e palestinianos para lidar com os problemas que são comuns a todos os jornalistas da região, até porque além da liberdade de movimentos há o problema do trabalho em segurança e sem receios ou intimidações, “um desafio, também, para a Autoridade Palestiniana”.