A imagem negativa que a revista feminina Zanan passava da República Islâmica do Irão levou as autoridades daquele país a mandar fechar a publicação, uma decisão contestada pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).
O encerramento da revista que existe há 16 anos teve lugar após diversas detenções de jornalistas e activistas que trabalhavam numa campanha que visava recolher um milhão de assinaturas em prol do fim de leis que discriminam as mulheres.
O regime iraniano tem de acabar com a censura aos média e a intimidação de jornalistas e activistas que lutam por direitos para as mulheres, afirmou o secretário-geral da FIJ, Aidan White, destacando que só podemos aplaudir a coragem das nossas colegas no Irão, que estão a lutar tanto pela introdução de tratamento igual para as mulheres na lei do seu país.
Além do encerramento da Zanan, a FIJ demonstrou-se preocupada com a sentença de morte aplicada ao jornalista Adnan Hassanpour detido há mais de um ano devido a acusações de espionagem , tendo enviado uma carta às autoridades iranianas a solicitar a revogação da pena.
A sentença foi conhecida em Julho de 2007 e confirmada pelo Supremo Tribunal de Teerão em Novembro último.
A FIJ acredita que Adnan Hassanpour foi condenado devido aos seus artigos sobre a questão curda no semanário Asou e aos seus contributos para órgãos estrangeiros, como a Voice of America e a Radio Farda.