INSI registou 117 jornalistas mortos em 2004

Um total de 117 jornalistas e pessoal de apoio – como motoristas e tradutores – morreu em serviço durante o ano de 2004, anunciou o Instituto Internacional para a Segurança da Imprensa (INSI), que sublinha o facto de mais de um terço das mortes se terem registado no Iraque.

O conflito no Iraque vitimou 42 profissionais, 36 dos quais iraquianos, o que faz aumentar para 61 o número de jornalistas mortos no território desde o início da guerra em Março de 2003.

Seguem-se, na lista de países mais fatais para os jornalistas, as Filipinas (doze), a Índia (oito), o Bangladesh, o Brasil e o México (cinco), o Nepal e a Rússia (quatro), a Colômbia e o Sri Lanka (três) e a Nicarágua, o Peru, a Palestina e a Roménia (dois).

Há igualmente a registar o desaparecimento, a 16 de Abril, do jornalista Guy-Andre Kieffer, na Costa do Marfim, e do operador de câmara iraquiano Isam Hadi Muhsin Al-Shumary, a 15 de Agosto, os quais se juntam a Fred Nerac, cameraman francês desaparecido no Iraque desde Março de 2003.

Nos últimos 15 anos, apenas por duas vezes o saldo de mortes de jornalistas foi superior ou igual ao de 2004: em 1994, ano em que morreram 157 profissionais, e em 1993, que registou 117 vítimas.

“O saldo global de mortes de jornalistas e dos que com eles trabalham é horroroso, sobretudo no Iraque, onde homens e mulheres incrivelmente corajosos arriscam diariamente as suas vidas no meio de tiros, bombas e sequestros”, afirmou o director do INSI, Rodney Pinder.

Este responsável assegura que muitos dos assassínios funcionaram como retaliações pelo trabalho quotidiano dos jornalistas, e lançou um apelo aos governos para que conduzam os culpados à justiça, de maneira a acabar com a sensação de impunidade vigente.

O INSI aproveitou este balanço anual para expressar igualmente as suas condolências para com os milhares de vítimas do terramoto e maremoto no Índico, entre os quais se encontravam muitos jornalistas e respectivas famílias, amigos e fontes de informação.

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