O Instituto Internacional para a Segurança da Imprensa (INSI) apelou a todas as partes implicadas no conflito de Gaza para respeitarem a segurança dos jornalistas, instando o governo israelita a abrir de imediato um inquérito ao ataque de 26 de Agosto contra um veículo da Reuters claramente identificado com a palavra “PRESS”.

Um míssil israelita atingiu o “P” escrito a vermelho vivo no tejadilho do carro da agência noticiosa internacional e provocou ferimentos na mão direita e na perna do operador de câmara Fadal Shana e na perna do jornalista local Sabbah Hmaida.

Uma porta-voz do exército de Israel lamentou o sucedido, esclarecendo que o veículo levantara suspeitas aos militares presentes no terreno, que desconheciam a presença de jornalistas no interior do carro.

Estas “desculpas” das tropas israelitas não foram aceites pela Reuters e pela Associação da Imprensa Estrangeira em Israel, que exigiram uma investigação total e transparente, e levantaram sérias dúvidas a Rodney Pinder, director do INSI, para quem “é difícil acreditar que uma das máquinas militares mais sofisticadas do mundo – que tem frequentemente atingido com precisão veículos inimigos a grande distância – não tenha visto um grande e claro sinal PRESS neste veículo”.