ICNova e a Casa do Comum promovem um debate sobre jornalismo de investigação no dia 29 de outubro

O ICNova e a Casa do Comum promovem um debate sobre jornalismo de investigação em Portugal a partir da apresentação do estudo “Too little, too late: Reporting on the Banco Espírito Santo collapse by the Portuguese press”, no próximo dia 29 de outubro, quarta-feira, pelas 18h, na Casa do Comum, em Lisboa.

O estudo, publicado pela revista International Journal of Media & Cultural Politics, será apresentado por Filipe Teles, investigador do ICNova e um dos três responsáveis pelo estudo. A investigação debruçou-se sobre a forma como o jornalismo português e, em particular, o jornalismo especializado do campo económico-financeiro, se mobilizou na cobertura de um dos acontecimentos mais marcantes a nível nacional – a desestruturação e queda do Banco Espírito Santo (BES) e do Grupo Espírito Santo (GES), o império financeiro e não financeiro que agregava todas as empresas propriedade da família Espírito Santo e dos seus associados.

Os resultados do estudo revelam que, num corpus de 571 peças, publicadas em 3 jornais e uma revista portugueses – entre 2012 e 2014 – apenas 17 (3% do total da amostra) foram trabalhos de investigação jornalística. Esses 17 trabalhos foram assinados (em autoria ou coautoria) por 10 jornalistas.

DEBATE 

Numa conversa sobre a expressão residual do jornalismo de investigação em Portugal e sobre o que o futuro nos reserva, contaremos com a presença de dois dos jornalistas que, durante o período analisado no estudo, fizeram, de facto, investigação jornalística – Micael Pereira, do Expresso e Miguel Carvalho, jornalista que passou a livro algumas das investigações jornalísticas que fez nos últimos anos. À conversa junta-se Marisa Torres da Silva, uma das autoras do estudo, professora universitária que tem estudado, numa perspetiva académica, o jornalismo de investigação. 

O debate será moderado por Pedro Coelho, jornalista de investigação e professor universitário.  

Este debate dirige-se a todos os que se interessam sobre o futuro do jornalismo de investigação, desde logo os próprios jornalistas, os estudantes e os professores de jornalismo.

Refletirmos em conjunto sobre o estado do jornalismo em geral e do jornalismo de investigação em particular é um caminho para identificarmos os pilares em que deve assentar a refundação de todo o edifício jornalístico.

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