Greve na Trust in News com grande adesão

Dezenas de trabalhadores da Trust in News concentraram-se hoje em frente à sede da empresa, em Oeiras, para assinalar o primeiro dia de uma greve convocada por tempo indeterminado. O Sindicato dos Jornalistas (SJ) fez-se representar pelo presidente, Luís Filipe Simões, que manifestou solidariedade da classe para com a luta que visa exigir o pagamento da totalidade do salário de maio, do subsídio de refeição e dos subsídios de férias já em atraso.

A adesão à greve por parte dos jornalistas é de 80% o que significa que publicações semanais como a Visão, a Caras e a Telenovelas correm o risco de não chegarem às bancas na próxima semana.

Na véspera do início da greve, os trabalhadores receberam os primeiros 25% do salário de maio, mas decidiram manter o protesto. A paralisação vai continuar nos próximos dias até que a empresa pague a totalidade das verbas em dívida, mesmo que isso afete a produção dos títulos do grupo, como a Visão, a Caras, a Exame, a Ativa ou o Jornal de Letras.

Foi há já mais de um ano e meio que a TiN começou a atrasar sistematicamente os salários dos trabalhadores, tendo no final de 2024 entrado em insolvência. Com remunerações em falta, impostos por liquidar e prestações da dívida ao Estado a terem de ser pagas já no final do mês de junho, é o futuro dos títulos emblemáticos do grupo que está em risco. Os trabalhadores duvidam que seja possível viabilizar o plano de recuperação da empresa, aprovado pelo credores, sem que, antes, se verifique a injeção de capital de até 1,5 milhões de euros que o sócio único, Luís Delgado, se comprometeu a fazer na empresa.

Nesta fase de luta, muito complicada para os jornalistas e demais trabalhadores da TiN, o SJ apela a todos os jornalistas que se mobilizem no apoio aos camaradas que há longos meses vivem com salários em atraso e sem perspetivas de futuro

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