Vários sindicatos de jornalistas franceses convocaram para 29 de Janeiro uma greve nacional da classe, acompanhada de protestos de rua, como forma de chamar a atenção para a necessidade de medidas urgentes para ultrapassar a crise que afecta o sector.

O apelo conjunto do SNJ, do SNJ-CGT, do USJ-CFDT, do SGT-FO, do CFTC e do CGC sublinha que, como outros trabalhadores assalariados, os jornalistas estão a pagar um preço elevado pelas políticas seguidas actualmente pelos empregadores, sejam estes empresas públicas ou privadas.

Os sindicatos recordam que a actual crise não é da responsabilidade dos trabalhadores, de quem procura emprego e de quem está desempregado, mas estes são “as primeiras vítimas” de opções empresariais erradas e das exigências crescentes dos accionistas, que levaram muitas empresas de média à beira do desastre.

Por esse motivo, apelam aos jornalistas que se mobilizem num dia nacional de greve e manifestações que demonstre a necessidade de defender os postos de trabalho, parar com os despedimentos e com os cortes salariais, lutar contra a precariedade, combater a desregulação social e económica, manter o serviço público de informação de qualidade e também o enquadramento colectivo da protecção social e da solidariedade intergeracional.

As previsões para este ano apontam para pelo menos 900 postos de trabalho em perigo no grupo estatal France Télévisions, 170 na RFI, 50 no grupo de revistas Express-Roularta e também no diário “Nice Matin” e na televisão privada M6, além de 30 na Prisma Presse, sem contar com outros casos menos falados.

Mensagens de solidariedade para com os camaradas franceses podem ser enviadas para os e-mails snj@snj.fr ou snj@cgt.fr.