Grande Prémio Gazeta 2007 para Joaquim Furtado

A série de reportagens “A Guerra”, transmitida pela RTP, valeu ao jornalista Joaquim Furtado o Grande Prémio Gazeta 2007, tendo o júri salientado a “coragem temática” e o “valor jornalístico” do trabalho, que deu “um inestimável contributo para a recuperação da nossa memória colectiva, num tempo em que vários factores e vontades se conjugam para a tentativa do seu apagamento”.

Composto pelos jornalistas Daniel Ricardo, Eugénio Alves, Guiomar Belo Marques e Eva Henningsen, pelos professores universitários Elizabete Caramelo, Fernando Correia e José Rebelo, pelo director do Cenjor, Fernando Cascais, e pelo crítico de cinema e TV Jorge Leitão Ramos, o júri saudou a revalorização que a reportagem como género jornalístico autónomo e com espaços próprios tem tido, sobretudo na televisão.

Sublinhou ainda que, nomeadamente quando se trata de jornalismo de investigação, este só se torna verdadeiramente possível quando aos profissionais envolvidos são proporcionados o tempo e os meios julgados necessários.

O Prémio Gazeta Revelação foi atribuído a João Luz, colaborador da revista “Visão”, pelo conjunto de trabalhos apresentado a concurso – “Eu, vegetariano”, “Quanto custa criar um filho”, “Incríveis viagens de Inverno” e “À descoberta de Minas Gerais” – exemplificativos da versatilidade do repórter e da sua escrita simples e directa.

Já o Prémio Gazeta Imprensa Regional foi atribuído ao semanário “O Mirante”, título com 21 anos de existência, dirigido por Alberto Bastos e com redacções em Santarém, Chamusca e Vila Franca de Xira, bem como uma delegação em Alpiarça.

Por fim, o troféu Gazeta de Mérito foi atribuído a Eduardo Gageiro, fotojornalista com mais de 50 anos de actividade profissional e numerosas distinções nacionais e internacionais.

Nascido em Fevereiro de 1935, em Sacavém, Eduardo Gageiro captou em fotografia registos históricos de repercussão mundial, como os acontecimentos dos Jogos Olímpicos de Munique (1972) e do 25 de Abril de 1974, tendo uma obra de “invulgar dimensão humana e artística”, segundo o júri dos Prémios Gazeta.

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