Governo israelita quer privatizar emissora pública

O governo de Israel pretende privatizar até 50 por cento do orçamento de produção da Autoridade Israelita de Radiodifusão (IBA), o que segundo a Federação Nacional de Jornalistas Israelitas levará ao despedimento de cerca de mil dos 1800 trabalhadores da emissora pública.

“Estas alterações estão a ser introduzidas debaixo de uma cortina de fumo política que é a nova lei de Acordos Económicos do Estado. Nela há um perigo de que os interesses políticos e comerciais se sobreponham ao direito do público a serviços noticiosos e de entretenimento de elevada qualidade”, afirma Aidan White, secretário-geral da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), organização que apoia o sindicato israelita na luta contra a privatização.

De acordo com a FIJ, a nova lei tem cláusulas ambíguas, entre as quais uma que poderá fazer com que a administração da emissora passe a resultar de nomeações políticas, pondo em risco a independência da estação.

Nos últimos anos as reformas internas de que a IBA foi alvo provocaram o despedimento de mais de 3000 trabalhadores, passando os serviços que estes funcionários desempenhavam a serem fornecidos em regime de outsourcing por empresas privadas.

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