Governo etíope inviabiliza dois semanários

As autoridades etíopes impediram, a 1 de Janeiro, o lançamento de dois novos títulos da responsabilidade de três jornalistas que estiveram presos durante quase um ano e meio após as eleições de 2005.

A medida foi denunciada ao Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) pelos próprios jornalistas – Serkalem Fasil, Eskinder Nega e Sisay Agena –, que em meados de Setembro apresentaram o pedido de licenciamento para os semanários generalistas “Lualawi” e “Habesha”, e representa uma clara discriminação se tivermos em conta que o semanário “Addis Neger”, detido por Mesfin Negash, que nunca esteve preso, foi registado em apenas uma hora, em Outubro.

“Apesar de em Julho ter garantido publicamente que permitiria que ex-presos retomassem o seu trabalho, o governo etíope está a usar tácticas burocráticas para negar um órgão de comunicação a jornalistas”, acusou o director-executivo do CPJ, Joel Simon, instando as autoridades da Etiópia a remover os obstáculos colocados e a permitir a existência dos novos jornais.

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