O jornalista norte-americano Phillip Wellman, ao serviço do jornal maldiviano “Minivan News”, e o fotojornalista britânico Graham Quick, do londrino “The Observer”, foram deportados das Maldivas a 4 de Novembro, um dia depois de terem sido detidos e interrogados pelas autoridades no atol de Gaaf Dhall.

De acordo com a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), a polícia tentou ainda eliminar as gravações e fotografias recolhidas pelos jornalistas, que se haviam deslocado ao atol para cobrir a detenção de activistas do Partido Democrático Maldiviano (MDP), organização que tem vindo a pressionar o governo de Abdul Gayoom para que acelere as reformas democráticas no país.

Além deste caso, há a registar a detenção a 3 de Novembro do cartunista Ahmed Abbas em Malé, quando este abandonava as instalações das Nações Unidas, onde tinha ido requerer asilo. Abbas foi levado pelas autoridades para a prisão de Maafushi, onde irá cumprir seis meses de prisão que lhe foram impostos num julgamento por “desobediência”, do qual esteve ausente.

Tanto a RSF como a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) instaram o governo maldiviano a parar de deter e assediar jornalistas, uma vez que a liberdade de expressão e de imprensa são componentes importantes para uma sociedade democrática.