A diplomacia francesa adoptou uma política mais discreta e paciente para resolver o caso dos jornalistas Georges Malbrunot e Christian Chesnot, sequestrados no Iraque desde 20 de Agosto, noticia o “Le Figaro” na edição de hoje, 6 de Setembro.

Esta mudança de estratégia ocorreu para baixar a pressão, de modo a não prejudicar as negociações, embora os governantes franceses continuem confiantes de que os jornalistas vão ser libertados.

Para não ferir susceptibilidades, a visita a Paris do presidente interino do Iraque, Ghazi al-Yaouar, foi adiada sine die, para não dar aos sequestradores a ideia de que os franceses estão de algum modo a cooperar com as autoridades pró-americanas de Bagdade.

A França apoiou a sua acção diplomática na oposição à guerra no Iraque e na imagem de país favorável às causas árabes, tentando explicar que a sua política laica não se dirige contra o Islão, atitude que conseguiu gerar alguma mobilização no mundo árabe a favor dos seus reféns.