Os fotojornalistas Hamdi Al Khur, da agência noticiosa turca Ihlas, e Mohammad Az Zanoun, da agência noticiosa Ma’an, foram feridos por disparos de soldados israelitas enquanto filmavam confrontos entre militantes palestinianos e tropas de Israel a 7 e 8 de Julho nas localidades de Beit Lahiya e Zaitoun, respectivamente.

Hamdi Al Khur foi alvejado primeiro no peito – que estava protegido por um colete à prova de bala – e depois no braço direito, tendo os médicos do hospital Kamal Edwin sido incapazes de remover todos os estilhaços do braço e enviado o jornalista de emergência para o hospital de Jerusalém, a 8 de Julho, onde continua a receber tratamento.

Mohammad Az Zanoun foi alvo de disparos quando captava imagens de dois palestinianos mortos na incursão israelita em Zaitoun, tendo sido primeiro atingido no rosto por estilhaços de um tiro que fez ricochete numa parede e lhe causou danos graves no olho e no ouvido direitos, e depois alvejado na perna e no estômago, quando tentou continuar a fotografar.

O fotojornalista foi evacuado de carro para o hospital de Al Shifa’a em Gaza City, de onde o transferiram para um hospital israelita, onde permanece em estado grave.

Sublinhando que ambos os profissionais estavam vestidos com vestimentas amarelas que os identificavam claramente como membros da imprensa, Johann P. Fritz, director do Instituto Internacional de Imprensa (IPI), condenou o ataque sofrido pelos dois profissionais, demonstrando-se preocupado pela segurança dos jornalistas que cobrem o aumento da tensão na região.

“Estes ataques impiedosos têm de parar”, afirmou Naim Tobassi, presidente do Sindicato dos Jornalistas Palestinianos (PJS). A organização enviou uma carta ao primeiro-ministro e ao ministro da Defesa israelitas exigindo que sejam tomadas medidas para proteger os profissionais da Palestina e para impedir que Jerusalém tente colocar um véu sobre estes crimes.