O fotojornalista azeri Alim Kazimli, do diário “Yeni Musavat”, morreu a 19 de Junho de hemorragia cerebral, após quase seis meses no hospital de Baku, onde foi internado devido a ferimentos causados por uma agressão de vários agentes da polícia.

O jornalista de 54 anos, que trabalhava há 12 para o diário da oposição “Yeni Musavat”, foi atacado pelos polícias a 28 de Dezembro de 2004, quando se deslocou à secção de passaportes da esquadra de Baku, capital do Azerbaijão, para renovar os seus documentos.

Segundo a mulher de Alim Kazimli, dentro da esquadra o fotojornalista ameaçou expor a corrupção e o comportamento ilegal da polícia, o que levou o chefe de gabinete Ali Mamedov a chamar os polícias envolvidos, tendo estes agredido o jornalista e chamado posteriormente uma ambulância.

O jornalista e os seus familiares efectuaram uma queixa, mas o caso nunca foi investigado, apesar de Alim Kazimli ter ficado com o lado esquerdo do corpo paralisado e de, a 17 de Junho, ter entrado em coma, sucumbindo dois dias depois.

Alim Kazimli é o segundo jornalista azeri a ser morto este ano, depois do assassinato de Elmar Husseynov, editor do “Monitor”, a 2 de Março, à porta do seu apartamento.