Fórum no Equador defende “outra comunicação”

Oito organizações latino-americanas de comunicação reunidas no Fórum das Américas, que termina a 31 de Julho, em Quito, Equador, aprovaram um documento denunciando a concentração dos média em poucas mãos e defendendo uma comunicação “para a inclusão social”.

“Denunciamos que continua a avassaladora concentração da propriedade e da produção de conteúdos em muito poucas mãos, que desde há décadas coincide com a produção da mesma concentração que se verifica nos meios de produção, comercialização e finanças”, adverte o documento.

“As pessoas, os povos, as nações e comunidades precisam de outra comunicação”, indica o documento, aprovado após dois dias de debates subordinados ao tema “Encontro pelos direitos da comunicação nas Américas”, efectuados no âmbito do Fórum.

A proclamação sublinha que os subscritores “entendem a comunicação como um direito humano fundamental” que todos devem poder exercer “com igualdade de oportunidades”, e apela à união de esforços “para fazer da comunicação e das tecnologias da informação instrumentos úteis ao desenvolvimento humano integral”.

O documento, divulgado pela agência “Púlsar” e citado na edição on-line de “Rebelion”, é subscrito pela Associação Latino-americana de Informação (ALAI), pela Associação Latino-americana de Educação Radiofónica (ALER), a Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC), o Projecto Monitor de Políticas de Tecnologias da Informação e da Comunicação da APC, a Organização Católica Latino-americana e Caribenha de Comunicação (OCLACC), Radipaz, a Associação Mundial da Comunicação Cristã (WACC) e pela Agência de Informações Frei Tito para a América Latina (ADITAL).

Na sua tomada de posição conjunta, as referidas organizações renovam o compromisso de “construir e fortalecer redes cidadãs de comunicação ou de média com sentido público da comunicação para ajudar a construir um pensamento autónomo e mais comprometido com a democracia”.

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