Fogo posto destrói instalações de jornal e de duas rádios no Brasil

Motivações políticas podem ter estado por detrás do fogo posto que a 8 de Setembro destruiu os escritórios do “Diário de Marília” e das estações de rádio Diário FM e Dirceu AM, na cidade de Marília, no estado brasileiro de São Paulo.

Quem o diz é a polícia, que deteve a 9 de Setembro Amauri Delábio Campoy, identificado em imagens gravadas pelo circuito interno de vídeo do jornal, o qual captou ainda uma mulher e outros dois homens que, após dominarem o segurança que protegia as instalações, derramaram gasolina no segundo e terceiro andares e pegaram-lhe fogo, destruindo os estúdios das duas rádios e a área de produção do jornal.

Campoy confessou às autoridades que receberia dez mil reais pela participação no crime, razão que leva a polícia a pensar que o acto terá sido ordenado por alguém descontente com as reportagens críticas do jornal sobre pessoas influentes da cidade.

Este fogo posto mereceu a condenação do Comité para a Protecção dos Jornalistas e do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, tendo este último afirmado em comunicado que “ao tentar calar a imprensa, impedir o exercício profissional por parte dos jornalistas e instaurar um clima de medo e insegurança na sociedade, os criminosos atingem, na verdade, o próprio Estado de Direito e seus fundamentos democráticos”.

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