A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) apelou ao governo chinês para que mantenha as menores limitações ao trabalho dos média no país para lá do prazo de 17 de Outubro definido nas Regras de Reportagem Olímpica, aplicadas desde 1 de Janeiro de 2007 a jornalistas estrangeiros, bem como aos de Hong Kong, Macau e Taiwan.
Desde que os regulamentos entraram em vigor, os jornalistas que trabalham na China passaram a ter a possibilidade de entrevistar cidadãos com consentimento e uma maior liberdade de movimentos, além de ter passado a haver mais conferências de imprensa governamentais para informar o público após grandes incidentes e um ligeiro refrear do controlo sobre o que é publicado e visto na Internet.
Lembrando que Liu Binjie, director da Administração-Geral da Imprensa e Publicações da China, afirmou em Julho que a liberdade de imprensa prometida nas regras especiais não era “uma política de curto prazo” e se prolongaria para lá dos Jogos Olímpicos, a FIJ instou o governo a usar as referidas normas como ponto de partida para uma reforma futura da lei de imprensa.
A organização tem consciência de que as mudanças não serão fáceis nem rápidas, uma vez que, desde a entrada em vigor das regras, o Clube de Correspondentes Estrangeiros da China (FCCC) registou mais de 336 casos de interferência das autoridades no trabalho dos jornalistas, nos quais se incluem agressão e detenção de profissionais da imprensa e algumas situações de censura prévia de assuntos “sensíveis”.