FIJ exige segurança para jornalistas no Iraque

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), profundamente chocada com o assassinato brutal de três jornalistas às mãos de um grupo armado, voltou a exigir que as autoridades do país tomem medidas para garantir a segurança dos profissionais dos média no Iraque.

As “execuções frias e implacáveis” dos jornalistas Najem Abd Khudair e Ahmad Adam, do “Al Mada”, e do estagiário Ali Jassem Al Rumi, do “Al Safeer”, levadas a cabo a 15 de Maio por um grupo armado na estrada de Kerbala para Bagdade, são uma “cruel demonstração do horror que é trabalhar actualmente em jornalismo no Iraque”, afirmou o secretário-geral da FIJ, Aidan White.

Os jornalistas seguiam num mini-autocarro com pouco mais de uma dúzia de passageiros quando o veículo foi forçado a parar por homens armados. O alvo do ataque eram os repórteres, que foram degolados e deixados na berma da estrada. Os restantes passageiros não foram incomodados.

A FIJ manifestou-se igualmente preocupada com o facto de as tropas dos EUA e do Iraque manterem presos desde Março oito jornalistas iraquianos, acusados de constituírem “um risco para a segurança”.

“As autoridades deviam esclarecer quais as acusações concretas ou libertar estes jornalistas”, afirmou o Aidan White, para quem “as detenções arbitrárias são intoleráveis”.

Recorda-se que a FIJ tem a funcionar em Bagdade, desde Abril último, um centro de apoio a jornalistas, cujo objectivo é dar formação e equipamento de segurança aos profissionais iraquianos.

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