FIJ critica sondagem da WAN

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) criticou uma sondagem publicada pela Associação Mundial de Jornais (WAN) que advoga mais outsourcing e uma redução da força de trabalho nas redacções, considerando-a “um manifesto para a destruição do jornalismo de qualidade”.

Segundo a FIJ, a perspectiva dos patrões patente no documento contrasta claramente com a que foi adoptada pelos jornalistas no Congresso de Cádis, em Maio, onde se apela à criatividade no sector e nos sindicatos e, acima de tudo, ao reavivar do compromisso com o jornalismo independente ao serviço da democracia.

Criticando o facto de o estudo da WAN não conter uma só palavra “acerca de padrões, de democracia, do direito dos cidadãos à informação”, o secretário-geral da FIJ, Aidan White, disse que os patrões parecem querer seguir uma “estratégia de terra queimada”, o que representa “uma traição total do jornalismo enquanto bem público”.

“Mas este desenvolvimento do jornalismo enquanto bem público necessita de tempo, formação adequada, recursos e comprometimento para com os valores do jornalismo”, frisou White, acusando as entidades patronais de apenas verem “a necessidade de lucro” às custas da qualidade, dos empregos, das condições de trabalho e, em alguns casos, do direito a formar sindicatos.

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