FIJ critica perseguição judicial a jornalistas na Argélia

Todas as terças-feiras, o Tribunal de Sidi M’Hamed, em Argel, condena jornalistas a penas de prisão, uma actividade “regular” que já mereceu a crítica da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).

A 24 de Maio os visados foram os profissionais do diário “Liberté”: o cartunista Ali Dilem foi condenado ao pagamento de 50 mil dinares (cerca de 550 euros) por “ofensas ao presidente”, ao passo que Mustapha Hammouche foi ilibado da mesma acusação e Farid Alilet, ex-editor executivo, recebeu um ano de prisão com base no conteúdo de duas publicações editadas quando ocupava o cargo.

Além das penas para os trabalhadores do “Liberté”, o próprio jornal foi multado em 250 mil dinares (aproximadamente 2850 euros).

“Estas condenações semanais à terça-feira são uma paródia da justiça destinada a esmagar a independência editorial. Elas demonstram a emergência de uma inquisição institucional que procura impor a auto-censura aos jornalistas argelinos”, afirma Aidan White, secretário-geral da FIJ.

Indignada com a situação, a organização exigiu a abolição dos artigos do código penal que prevêem penas de prisão para os crimes de difamação através dos média.

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