FIJ condena ataque a jornalistas no Bangladesh

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), chocada com os relatos do bárbaro ataque das forças da National Security Intelligence (NSI) do Bangladesh contra dez jornalistas, na semana passada, apelou ao respectivo governo para que leve os responsáveis perante a justiça.

Em comunicado divulgado a 11 de Julho, a FIJ manifesta a sua solidariedade para com o Fórum pelos Direitos dos Jornalistas do Bangladesh e outras organizações que exigem a responsabilização dos autores do ataque e a indemnização das vítimas.

O problema começou a 7 de Julho, quando membros do NSI agrediram o jornalista Sheikh Enamul Kabir, que fotografava um graffiti político existente numa parede do edifício daquela instituição. Kabir foi preso, tal como um outro jornalista, Sheikh Mamun, que ousou contestar a detenção do seu camarada de trabalho.

Este acto de prepotência suscitou o protesto de um grupo de 15 a 20 jornalistas de várias publicações, que se manifestou junto às instalações do NSI exigindo a libertação dos dois profissionais. A resposta foi um ataque brutal que se saldou por 10 feridos, dois dos quais em estado grave.

“Impedir um jornalista de fazer o seu trabalho é por si só um acto condenável. Atacar um grupo que protesta no exercício do seu direito à liberdade de expressão é absolutamente deplorável”, afirma o presidente da FIJ, Christopher Warren.

Considerando o ataque um ultraje à comunidade dos média, centenas de jornalistas manifestaram-se a 8 de Julho em frente do Clube Nacional de Imprensa, reclamando a punição dos responsáveis.

“Numa altura em que a FIJ está a levar a cabo uma campanha pela descriminalização da difamação, estes acontecimentos no Bangladesh vêm lembrar-nos a severa desproporção das represálias que os jornalistas enfrentam em certos países”, disse Warren, apelando às autoridades para que ouçam a “simples mensagem” da campanha da FIJ – “não prendam jornalistas”.

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