FIJ alerta para “Crise Mortal para a Liberdade de Imprensa” no Brasil

O assassinato de quatro jornalistas em apenas dois meses, no Brasil, levou a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) a alertar, a 27 de Julho, para a «crise mortal para a liberdade de imprensa» naquele país e a apelar ao governo brasileiro para que tome medidas em defesa dos jornalistas.

A última vítima foi o repórter fotográfico Luís António da Costa, da revista “Época”, abatido a tiro a 23 de Julho em São Bernardo, nos arredores de São Paulo. O jornalista tinha feito a cobertura dos protestos de mais de 6.000 pessoas exigindo ao governo o direito a habitações sociais.

“Este é o último de um conjunto de casos de assassínios que está a provocar uma crise mortal para a liberdade de imprensa no Brasil”, disse Aidan White, secretário-geral da FIJ, sublinhando que o presidente Lula deve tomar medidas no sentido de “descobrir os assassinos e levá-los perante a justiça”.

Para além de Luís António da Costa, foram mortos nos últimos dois meses os jornalistas Melyssa Martins Correia (do “Oeste Notícias”, de São Paulo); Edgar Pereira de Oliveira (“Boca do Povo”, de Campo Grande), e Nicanor Linhares Batista (“Rádio Vale do Jaguaribe», do Ceará).

Ainda segundo Aidan White, “estes assassínios transformaram o Brasil num dos mais perigosos lugares do mundo para os jornalistas”. Para o secretário-geral da FIJ, “está na hora de as autoridades deixarem claro que não serão tolerados mais nenhuns casos de violência ou intimidação contra os jornalistas e os media.”

Particularmente preocupada com a situação está a Federação Nacional de Jornalistas brasileiros (FENAJ), que considera que os jornalistas são cada vez mais considerados um alvo a abater.

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