FIJ acusa Israel de querer fazer a guerra sem testemunhas

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) apelou a 9 de Agosto às forças militares israelitas para que revejam a sua proibição de circulação no Sul do Líbano de forma a permitir que os profissionais de informação possam fazer o seu trabalho.

“Não podemos admitir que seja quem for imponha uma guerra secreta em que as operações militares não possam ser sujeitas ao escrutínio público”, afirmou o secretário-geral da FIJ, Aidan White.

A posição da organização sindical surge na sequência de um comunicado de imprensa da Força de Defesa Israelita (IDF) avisando a população das restrições a “viajar em qualquer tipo de veículo em todas as áreas ao Sul do rio Litani no Líbano”, acrescentando que a proibição se aplica “também aos jornalistas”.

A IDF justifica a medida alegando que o Sul do Líbano “é uma zona de combate onde operam terroristas”, pelo que não pode “garantir a segurança dos jornalistas”.

Para a FIJ esta medida constitui “uma clara tentativa para limitar a cobertura do conflito no Médio Oriente que Israel procura disfarçar apresentando-a como sendo uma medida de segurança”.

“A IDF deve reconhecer que os jornalistas têm o direito de fazer a cobertura dos acontecimentos no Sul do Líbano e que deve tratá-los como não combatentes e proibir que os veículos assinalados como sendo dos média sejam tomados como alvo”, sublinha a FIJ.

Segundo Israel, as restrições à circulação estão em vigor desde as 10 horas de 7 de Agosto e manter-se-ão até nova ordem.

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