Fenaj condena sequestro de equipa da Rede Globo

A Federação Nacional dos Jornalistas brasileiros (Fenaj) condena o sequestro do repórter Guilherme Portanova e do auxiliar técnico Alexandre Coelho Calado, da Rede Globo, e alerta a sociedade brasileira para a gravidade de situações como esta que colocam em risco a actividade jornalística no país.

Os trabalhadores da Globo foram raptados a 12 de Agosto, em São Paulo, alegadamente pelo grupo criminoso Primeiro Comando da Capital, que no mesmo dia, à noite, libertou Coelho Calado para que entregasse à estação televisiva um DVD com imagens e um bilhete do grupo, que exigia a divulgação das imagens em troca da libertação do repórter. No vídeo, de três minutos, uma pessoa encapuzada lê críticas ao sistema carcerário brasileiro.

A emissora decidiu divulgar o conteúdo do vídeo no início da madrugada do domingo, após consultar entidades internacionais, nomeadamente o Instituto Internacional para a Segurança da Imprensa (INSI), uma organização com sede em Bruxelas ligada à Federação Internacional de Jornalistas.

O jornalista Guilherme Portanova viria a ser libertado na madrugada do dia 14.

Saudando a decisão da Rede Globo de atender as exigências dos sequestradores para garantir a vida dos seus funcionários, a Fenaj, tal como os “milhões de brasileiros que se indignam com a violência”, apela a “uma acção enérgica e eficaz dos governantes” para que haja “mais justiça social, efectivas políticas públicas de segurança e consequentemente, menos violência” no Brasil.

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