Familiares de jornalistas mortos no Paquistão

O recente assassinato de Bashir Kahn – irmão mais novo de Hayatullah Khan, um jornalista paquistanês morto devido ao seu trabalho -, aparenta ser uma mensagem para que a família pare de investigar o crime que vitimou o repórter.

A morte desta criança, que a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) classificou de “chocante”, é a segunda do género em menos de um mês, pois no final de Agosto o irmão de Dilawar Khan, correspondente da BBC, foi assassinado aos 16 anos, aparentemente na sequência de uma reportagem do jornalista.

Perante estas situações, o presidente da FIJ, Christopher Warren, escreveu ao chefe de Estado paquistanês, Pervez Musharraf, para que tome medidas no sentido de evitar que os familiares de jornalistas sejam mortos como forma de ameaça velada.

A FIJ revela-se ainda preocupada com o estado do jornalista Saeed Sarbazi, que esteve detido pelos serviços de inteligência do país entre os dias 20 e 22 de Setembro, tendo sido submetido às tortura do sono e da fome e espancado até ficar inconsciente.

Saeed Sarbazi, secretário-adjunto do Clube de Imprensa de Carachi, antigo sub-editor do diário “Business Recorder” e membro do comité executivo nacional da Confederação dos Funcionários da Imprensa Paquistanesa, foi detido e agredido sob a acusação de terrorista e criminoso.

Para a FIJ, “após meses de agressões, mortes e ataques, a tortura de um reputado jornalista e a morte do irmão mais novo de outro indicam que o Paquistão está cada vez mais longe de ser uma sociedade livre e aberta e que o governo não pode continuar inoperante face a estes terríveis crimes”.

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