Explosão fere jornalista em Bagdade

Um atentado à bomba ao Hotel Al-Aike, em Bagdade, na manhã de 25 de Setembro, matou uma pessoa e feriu duas outras, entre as quais David Moodie, técnico de som da cadeia televisiva norte-americana NBC, atingido numa mão por vidros partidos na explosão.

Este ataque já foi condenado pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas e pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que consideram haver razões para uma preocupação crescente com a segurança dos jornalistas no Iraque porque, dada a falta de condições de segurança em muitos hóteis de Bagdade, os jornalistas são alvos vulneráveis.

Além disso, a RSF mostra-se igualmente muito preocupada com as instruções dadas pelo Conselho Governamental Iraquiano aos órgãos de comunicação que operam no país, a 23 de Setembro, dia em que foram sancionadas as estações televisivas árabes Al-Jazeera e Al-Arabiya.

Para a organização, este órgão transitório está a optar por uma aproximação repressiva e ameaçadora aos média, dando-lhes apenas “liberdade condicional”, sem explicitar as linhas de actuação permitidas, os castigos a aplicar aos prevaricadores e sequer se existe a possibilidade de recorrer dessas decisões.

Alegando que este tipo de postura contraria as promessas feitas ao povo iraquiano de liberdades básicas, entre as quais está a liberdade de imprensa, a RSF frisa que não endossa a linha editorial seguida por alguns média no Iraque, mas condena o desejo do Conselho em restringir e controlar a cobertura noticiosa, que deveria ser regida pelos códigos internacionais de conduta da classe, como a Carta de Munique.

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