Exército indonésio acusado de matar jornalistas em Timor-Leste

Brian Peters e os outros quatro jornalistas mortos em Timor-Leste, há mais de 30 anos, foram assassinados pelo Exército indonésio, afirma o advogado Mark Tedeschi, que investiga a morte de Peters.

Segundo a imprensa australiana, Tedeschi explicou ao tribunal de Sydney, a 30 de Maio, que os jornalistas tentaram entregar-se às tropas do capitão Yunus Yosfiah, numa praça da localidade de Balibó, próximo da fronteira com a Indonésia, em Outubro de 1975. O militar, no entanto, deu ordem para disparar e ele próprio também disparou, afirma o advogado com base nas provas apresentadas pela investigação, iniciada em Fevereiro e apresentadas ao tribunal.

Os britânicos Brian Peters e Malcolm Rennie, os australianos Greg Shackleton e Tony Stewart e o neozelandês Gary Cunningham – os únicos profissionais da comunicação social estrangeiros que estavam em Timor-Leste no início da invasão indonésia, além do português Adelino Gomes – foram todos mortos.

A Indonésia afirmou sempre que os jornalistas foram vítimas de fogo cruzado entre o exército indonésio e os independentistas timorenses em Balibó.

O processo continua no próximo dia 8 de Junho, mas o tribunal já concluiu que existem provas suficientes para um julgamento por crimes de guerra.

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