As tropas norte-americanas no Iraque libertaram a 22 de Fevereiro Samir Mohammed Noor, operador de câmara da Reuters que estava encarcerado há cerca de oito meses sem qualquer acusação formal.

O jornalista, de 30 anos, foi detido a 5 de Junho de 2005 na sua casa em Tal Afar, no Norte do Iraque, de onde foi levado para a prisão de Abu Ghraib. Algum tempo depois foi transferido para Camp Bucca, no Sul do país, sob a acusação de ser “uma grande ameaça às forças da coligação e à segurança no Iraque”.

Esta libertação segue-se às de outros dois jornalistas da Reuters – Ali al-Mashhadani e Majed Hameed –, mas segundo o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) os militares norte-americanos continuam a manter presos sem quaisquer acusações outros dois jornalistas: Abdul Ameer Younis Hussein, da CBS News, e Sami Muhyideen al-Haj, da Al Jazeera.

Tanto o CPJ como a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) exigem que os EUA dêem explicações credíveis sobre os motivos que levaram à prisão deste jornalista e dos outros que continuam detidos, ou então que libertem igualmente os dois profissionais ainda encarcerados, e peçam desculpas pelo seu prolongado e injustificado encarceramento.