A diferença de comportamento dos Estados Unidos e de Israel face à imprensa dentro e fora do seu território mereceu-lhes uma situação especial na classificação da liberdade de imprensa da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), divulgado a 20 de Outubro.

Pela acção interna, Israel ocupa a 44.ª posição, mas situa-se em 146.º lugar em acção externa, devido aos abusos das suas tropas nos Territórios Ocupados.

Já os Estados Unidos ocupam o 31.º lugar pela atitude no seu próprio território e o 135.º posto no que respeita ao comportamento para com os jornalistas durante a Guerra no Iraque, onde o exército norte-americano foi responsável por várias mortes de repórteres.

A questão iraquiana originou mesmo a deterioração geral da imprensa nos estados árabes que, para salvaguardar a sua imagem externa e enfrentar uma opinião pública interna que se opunha largamente ao ataque norte-americano, aumentaram o controlo sobre a imprensa e a pressão sobre os jornalistas, forçados à auto-censura.

No mundo árabe, o Kuwait é o líder, ocupando o 102.º lugar, ao passo que estados como a Arábia Saudita (156.º), a Síria (155.º), a Líbia (153.º) e Omã (152.º) ocupam posições do fundo da tabela devido aos meios usados para impedir o surgimento de uma imprensa livre e independente, e o Irão está em 160.º por ser a maior prisão de jornalistas do Médio Oriente.