Estudo sobre liberdade na Internet em 15 países

A organização não governamental Freedom House elaborou um estudo acerca da liberdade na Internet em 15 países durante os anos de 2007 e 2008, que embora revele que os governos tentam cada vez mais controlar o ciberespaço, também denota que o activismo cívico através da rede tem vindo a aumentar, sobretudo em estados repressivos.

O estudo, intitulado “Liberdade na Net”, considerou a China, Cuba, Irão e Tunísia como estados “não livres” no que toca à liberdade online, enquanto Egipto, Georgia, Índia, Malásia, Quénia, Rússia e Turquia foram classificados de “parcialmente livres” e a África do Sul, o Brasil, a Estónia e o Reino Unido indicados como “livres”.

Porém, tanto regimes repressivos como governos democráticos são visados no relatório por levarem a cabo práticas de vigilância na Internet e por não informarem devidamente os utilizadores acerca de padrões de monitorização, censura e punição de cibernautas.

Apesar desta situação, a directora-executiva da Freedom House, Jennifer Windsor, salienta “o facto de os cidadãos, mesmo em países altamente repressivos como China, Cuba e Irão, estarem a responder ao crescente controlo governamental sobre a Internet com criatividade e coragem”, através de blogues, truques de programação e organização de protestos e de grupos através de redes sociais, como o Facebook.

A Freedom House desenvolveu este estudo piloto para melhor compreender as ameaças emergentes à liberdade na Internet e ao uso de telemóveis, avaliando cada país com base nas barreiras ao acesso, as limitações ao conteúdo e as violações aos direitos dos utilizadores. A organização espera que estudos futuros sobre o tema possam revelar qual a situação que se vive nos restantes países do mundo.

Partilhe