Estado de emergência no Nepal corta comunicações

O Nepal está isolado do mundo e sem programas noticiosos nas rádios privadas desde 1 de Fevereiro, data da imposição do estado de emergência pelo rei Gyanendra.

Segundo a Federeção Internacional de Jornalistas (FIJ), o monarca nepalês demitiu o governo e assumiu o controlo do país. Muitas figuras da oposição foram colocadas em prisão domiciliária, o exército patrulha as ruas e o aeroporto internacional de Katmandu foi encerrado. Todas as comunicações com o mundo exterior estão cortadas, incluindo via email, e os boletins noticiosos das rádios privadas foram suspensos. O serviço informativo está reduzido às transmissões da rádio e da televisão estatais.

A FIJ, profundamente preocupada com a “violação dos direitos humanos e a deterioração da democracia no Nepal”, apela à solidariedade internacional para com os nepaleses em geral e com os jornalistas em particular, já que estes são um alvo prioritário das medidas repressivas em curso.

Esta é a segunda vez que o rei Gyanendra declara o estado de emergência no Nepal. A primeira vez que tal sucedeu, a 26 de Novembro de 2001, o estado de emergência prolongou-se por quatro meses, período durante o qual foram presos e torturados mais de uma centena de jornalistas.

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