Estações televisivas atacadas no Paquistão e em Madagáscar

Questões políticas estão no centro dos ataques a edifícios de estações de televisão no Paquistão e em Madagáscar por parte de manifestantes locais. No Paquistão, há ainda a registar o assassinato de um jornalista de 40 anos.

O camarada de profissão morto foi Aamir Wakil, do diário regional “Awami Inqilab”, que foi ameaçado por pessoas não identificadas duas horas antes do crime, o que levanta suspeitas de uma ligação ao seu trabalho como jornalista.

Wakil é o terceiro jornalista assassinado no Paquistão desde o início do ano, o que preocupa a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que instou as autoridades a controlar rapidamente o clima de violência e garantir um ambiente livre e seguro para o exercício da profissão, mencionando também o ataque de uma multidão em fúria às instalações da Samaa TV, em Quetta, na sequência da morte de um político local.

Uma multidão furiosa com questões políticas foi igualmente a causadora de distúrbios em Madagáscar, onde duas estações televisivas pró-governamentais foram queimadas por apoiantes da oposição ao presidente Marc Ravalomanana.

Além de danos materiais na Radio Nationale Malgache, na Télévision Nationale Malgache e na Malagasy Broadcasting System, os confrontos provocaram a morte de um polícia e de um manifestante de 14 anos.

Em reacção, o coordenador em África do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), Tom Rhodes, disse que “os órgãos de comunicação tornaram-se alvos imerecidos da disputa e da violência política entre o governo e a oposição” e instou os líderes de ambos os partidos a apelarem “ao fim imediato dos ataques a estas instalações, que colocam em perigo as vidas dos jornalistas que nelas trabalham”.

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