Equipas de televisão alvo de ataque israelita no Líbano

Equipas televisivas da Al-Jazeera, da Al-Arabiya e da Al-Manar alegam ter sido vítimas de um ataque aéreo directo das forças armadas israelitas, que embora não tendo provocado vítimas entre o seu pessoal obrigou ao fim abrupto das filmagens aos efeitos do bombardeamento da área em torno de Khiam, no sudeste do Líbano.

Segundo declarações de elementos das quatro estações televisivas árabes ao Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), aviões israelitas dispararam mísseis a 75 metros de distância dos jornalistas, a 22 de Julho, não obstante estes estarem claramente identificados com as inscrições PRESS e TV nos seus veículos.

“Estamos a atacar as estradas porque o Hezbollah usa as estradas; mas em circunstância alguma atacamos civis, incluindo os média”, afirmou o capitão Jacob Dallal, porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), acrescentando contudo que “os jornalistas que trabalham naquelas zonas sabem que estão a correr riscos”.

A explicação não convenve o CPJ, que recorda os repórteres mortos por ataques israelitas e faz notar que emissões recentes da rádio Al-Mashraqiyeh em árabe acusaram vários jornalistas de ajudar o Hezbollah, indicando especificamente os nomes de Katia Nasser e Abbas Nasser, da Al-Jazeera, e de Ali Noon, da Al-Arabiya, e anunciando que “os nobres libaneses vão responsabilizar aqueles que apoiaram o Hezbollah na destruição do Líbano”.

A rádio é conotada com membros do antigo Exército do Sul do Líbano, aliado de Israel durante a sua ocupação do Sul do Líbano nas décadas de 80 e 90 do século passado.

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