Equipa da TV3 catalã agredida na Cisjordânia

Forças anti-motim israelitas agrediram uma equipa de três elementos da Televisió de Catalunya (TV3) – “perfeitamente identificados como jornalistas” – a 23 de Janeiro, enquanto esta cobria uma manifestação de apoio aos habitantes de Gaza que decorria em Ramallah, na Cisjordânia.

Uma das jornalistas da TV3 sofreu ferimentos numa perna “que a afectaram de forma importante”, motivando à sua hospitalização no local e obrigando ao seu repatriamento o mais breve possível, noticiou o Sindicato de Jornalistas da Catalunha, denunciando “esta nova falta de respeito das forças israelitas face à tarefa informativa e ao direito de manter os cidadãos informados”.

Entretanto, uma curta missão de dois dias da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e da Federação de Jornalistas Árabes (FAJ) a Gaza concluiu que a situação no terreno continua complicada em termos de segurança dos média e apelou a medidas urgentes para colmatar as falhas detectadas.

“As ameaças e intimidações aos média continuam. É preciso tomarmos medidas urgentes para proteger os jornalistas palestinianos”, afirmou o secretário-geral da FIJ, Aidan White, elegendo como prioridades a formação de jornalistas em segurança, a ajuda humanitária às famílias destes, medidas para encorajar a solidariedade entre jornalistas de Gaza e da Margem Ocidental e ajuda ao Sindicato de Jornalistas da Palestina.

A FIJ defende ainda que as Nações Unidas façam uma investigação exaustiva aos ataques de Israel contra os média, para perceber até que ponto foi violada a lei internacional, e que cessem as tentativas políticas do Hamas e da Autoridade Palestiniana para controlar os média e o jornalismo na Palestina.

“Em Gaza encontrámos provas de intimidação por parte do Hamas. Isto é completamente inaceitável. Soubemos que a ajuda humanitária aos média, que incluía coletes de segurança para jornalistas em perigo, foi confiscada. Isto é intolerável”, frisou o dirigente da FIJ.

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