Dois jornalistas reféns há um ano na Somália

A repórter canadiana Amanda Lindhout e o fotógrafo australiano Nigel Brennan estão, desde 23 de Agosto de 2008, captivos de um grupo armado que os capturou quando voltavam para Mogadíscio, após uma reportagem no campo de refugiados de Afgoye, 20 quilómetros a oeste da capital da Somália.

Para assinalar os 365 dias de cativeiro, as famílias dos dois reféns emitiram uma declaração conjunta, revelando que continuam unidas na tentativa de assegurar a libertação dos seus familiares e apelando aos órgãos de comunicação social para que respeitem o seu desejo de “serem deixadas a sós neste momento particularmente emotivo”.

Declarando-se muito preocupada com a situação dos dois jornalistas, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) recordou que, aquando do rapto, Amanda Lindhout e Nigel Brennan estavam acompanhados de três cidadãos somalis – um jornalista freelance e dois motoristas – que, entretanto, foram libertados na noite de 15 de Janeiro, após 177 dias de cativeiro.

A 10 de Junho deste ano, uma mulher que alegava ser Amanda Lindhout ligou para a sede da televisão pública canadiana em Toronto e apelou ao governo do Canadá para que fizesse os possíveis para obter a sua libertação, dada a situação degradante em que está, “acorrentada numa sala escura, sem janelas, sem água limpa e com muito pouca comida”. O valor do resgate exigido pelos sequestradores tem mudado de mês para mês.

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