Dois diários reformistas iranianos proibidos

Agentes judiciais iranianos encerraram a 18 de Fevereiro as instalações dos diários “Sharq” e “Yas-e no”, por estes terem publicado excertos de uma carta de deputados reformistas a Ali Khamenei, Guia Supremo da República Islâmica, desafiando assim a proibição de publicação emitida pelo director do Conselho de Segurança Nacional, Hassan Rouhani.

Com esta proibição – emitida pelo procurador Said Mortazavi – as duas publicações ficam impedidas de comentar os resultados das eleições legislativas, que se realizam hoje, 20 de Fevereiro, denuncia a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), exigindo a reabertura imediata de ambos os títulos.

Este acto eleitoral tem sido muito contestado no Irão, devido à exclusão de 2300 candidatos reformistas das listas concorrentes, sendo que a missiva publicada pelo “Sharq” e pelo “Yas-e no” culpava o aiatola Ali Khamenei pela actual crise política do país. Criticar o líder supremo é crime grave no Irão.

No dia da proibição dos dois diários, 113 jornalistas da imprensa reformista iraniana emitiram uma declaração conjunta afirmando que não iriam votar nestas eleições, pois não as consideram “nem livres, nem legais”.

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