Dois anos de prisão domiciliária para jornalista cubano

O jornalista cubano Guillermo Espinosa Rodríguez, da Agencia de Prensa Libre Oriental, foi condenado a dois anos de prisão domiciliária por um tribunal de Santiago de Cuba por “perigosidade social”, depois de ter noticiado um surto de dengue que as autoridades tinham vindo a censurar na imprensa oficial.

De acordo com declarações de um primo do jornalista ao Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), Guillermo Espinosa Rodríguez já fora detido pelo menos três vezes nos últimos três meses e avisado para deixar de escrever “mentiras”.

A última detenção ocorreu a 26 de Outubro, quando agentes de segurança o mantiveram durante doze dias no quartel-general de Santiago de Cuba, de onde só saiu a 7 de Novembro, após o julgamento de 45 minutos que lhe impôs a sentença de dois anos de prisão domiciliária.

Embora a pena aplicada permita que o jornalista saia de casa, ela impede-o de assistir a encontros públicos, de exercer jornalismo e de deixar Santiago de Cuba. Segundo o primo do jornalista, o tribunal alertou ainda que, caso Espinosa Rodríguez desrespeite qualquer destes termos, poderá ser obrigado a cumprir a pena na prisão.

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