Detenção massiva de jornalistas no Paquistão

A polícia paquistanesa deteve mais de 180 jornalistas que se manifestavam pacificamente em Carachi e Hyderabad contra a censura aos média, um acto que mereceu a condenação da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), do Comité para a Protecção dos Jor

Reagindo ao ocorrido, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) afirmou que “este ataque brutal e violento revela um chocante agravamento do clima de asfixia da liberdade de imprensa que se vive no Paquistão”.

O Sindicato dos Jornalistas de Carachi informou que cerca de 180 jornalistas – entre os quais vários séniores e líderes sindicais – foram detidos quando participavam num protesto nacional contra as restrições impostas aos média no âmbito do estado de emergência decretado a 3 de Novembro.

O protesto fora convocado pelo Sindicato Federal dos Jornalistas do Paquistão (PFUJ), que tem tido o apoio da FIJ numa campanha contra a censura e o encerramento de alguns órgãos paquistaneses. De acordo com organizações sindicais locais, cerca de 800 jornalistas vão avançar com protestos caso os seus colegas detidos não sejam libertados.

O director-executivo do CPJ, Joel Simon, considerou que “deter jornalistas é a pior atitude a ter num momento em que o país necessita de cobertura mediática da situação que vive”, enquanto a RSF sublinhou que a incongruência de a polícia deter brutalmente jornalistas ao mesmo tempo que o governo se gaba de ter libertado milhares de activistas políticos e advogados, numa altura em que várias organizações efectuam uma avaliação no local sobre a situaçãos dos média no país.

Partilhe