Taberannang Korauaba, jornalista da rádio pertencente à Autoridade de Radiodifusão e Publicações de Kiribati, foi despedido por se ter recusado a revelar as suas fontes acerca de um caso de corrupção que envolvia o auditor-geral daquele país do Pacífico.
A pressão da rádio para que o jornalista revelasse as fontes ocorreu a 6 de Dezembro de 2005, e o despedimento teve lugar no dia seguinte, perante a recusa do jornalista em quebrar o sigilo profissional.
O jornalista contestou por escrito a sua demissão, mas a única resposta que obteve do chefe da estação de rádio, após várias semanas de silêncio, foi que o seu caso tinha passado para o procurador público. Já este ano, Taberannang Korauaba decidiu processar o governo por despedimento indevido.
“É lamentável que a administração de um órgão de comunicação público despeça um jovem jornalista altamente motivado para informar os seus compatriotas. Este caso mostra os limites à liberdade de imprensa em Kiribati”, afirmou a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), apelando à Autoridade de Radiodifusão e Publicações de Kiribati para que readmita Korauaba.
Esta não é a primeira vez que Taberannang Korauaba sofre sanções da administração: em Outubro de 2004 foi penalizado por não cumprir uma ordem de um ministro e em Agosto de 2002 foi suspenso durante cinco dias em virtude de uma reportagem sobre uma transportadora áerea.