O Sindicato dos Jornalistas (SJ) acompanha com atenção a situação na Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas (CCPJ), nomeadamente as demissões de três elementos eleitos em lista proposta pelo SJ. Entendemos que importa deixar claro que a direção do SJ respeita a autonomia e independência das pessoas que indicou para a lista concorrente às eleições para a CCPJ, em 2022, e assegura que nunca interferiu nas decisões por estes tomadas no desempenho das suas funções.
O SJ acredita que não se terão demitido de ânimo leve e sem a adequada ponderação sobre os efeitos de tal atitude.
No início do ano de 2023, quando centenas de jornalistas se queixaram do custo da Carteira Profissional de Jornalista, documento obrigatório para o exercício da profissão dentro da legalidade, o SJ foi claro ao afirmar a importância deste órgão público, cujo funcionamento adequado considerou fundamental para o exercício do jornalismo em Portugal.
Novamente se sublinha o respeito pelo papel da CCPJ enquanto órgão da regulação do jornalismo em Portugal, não só pela atribuição do título profissional como pela fiscalização do uso ético do mesmo.
O SJ entende que o regular funcionamento das instituições do setor é mais importante do que nunca e fundamental para responder aos enormes desafios que se colocam ao jornalismo. Perspetivando-se alterações ao enquadramento legislativo da comunicação social, o SJ defende que aí se repensem as condições de operação, e o próprio modelo de funcionamento das estruturas do jornalismo, para que eficazmente defendam a produção rigorosa, e ética, de informação.
Sabendo que a CCPJ entrará em breve em processo eleitoral, o SJ, como sempre, apresentará uma lista que possa defender da melhor forma os interesses dos jornalistas.
A Direção
