FERNANDO PIRES tem uma carreira profissional de cinquenta anos, os primeiros cinco, no extinto «Mundo Desportivo», e depois, e sempre, no «Diário de Notícias», onde, de repórter a redactor, assumiu funções de chefia em 1970, foi chefe de Redacção de 1976 a 1990, editor chefe de 1990 a 1992, director-interino (13 de Dezembro de 1988 a 4 de Janeiro seguinte), e, actualmente, desde 1993, secretário-geral.

Realizou diversas reportagens de visitas de Estado, designadamente a do antigo presidente Américo Tomás a Moçambique, julgamentos políticos, como o do tentado assalto ao quartel de Beja, e acontecimentos diversos da vida portuguesa antes da Revolução do 25 de Abril.

Acompanhou em Madrid (1981) os episódios do golpe militar, e em 82 foi enviado ao Brasil para a cobertura das eleições gerais.

Assinou ao longo dos tempos, no seu jornal, dezenas de crónicas e reportagens de acontecimentos desportivos, desde o ciclismo (Volta a Portugal) ao futebol (jogos internacionais, finais europeias e o Mundial da Argentina), e colunas de opinião.

Foi também cronista de touros e, no campo da ópera, escreveu notas impressivas de espectáculos e entrevistou os principais cantores líricos portugueses e outros do mundo lírico, como Carlo Bergonzi, Franco Corelli, Pilar Lorengar, Alfredo Kraus, José Carreras e Plácido Domingo. Ainda neste domínio, comentou para o seu jornal sucessivas edições do Festival Internacional de Música de Macau, e tem feito apreciação a discos de ópera e música clássica.

Tem igualmente assinadas no «Diário de Notícias» várias crónicas de viagem, uma delas premiada pelo Clube Português de Imprensa.

Num largo período até 1973, trabalhou também na Rádio (Emissora Nacional, Rádio Renascença e no antigo Rádio Clube Português) e na RTP, como relator, comentador e apresentador de programas desportivos. Na extinta Emissora Nacional foi ainda produtor, com Fialho de Oliveira, do «Jornal da Manhã», noticiário de informação geral.

Assumiu a presidência do Conselho de Administração da Casa da Imprensa em 1994.