Congoleses despedidos por exigirem salários em atraso

Dez trabalhadores da Global FM, em Kananga, na República Democrática do Congo, foram despedidos depois de exigirem à administração o pagamento de salários em atraso há quase um ano. A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) emitiu um veemente protesto contra a empresa.

Os dez funcionários tinham sido admitidos em Junho de 2006, quando a Global FM iniciou os seus trabalhos em Kananga e, segundo o Sindicato Nacional dos Profissionais da Imprensa (SNPP), nunca receberam qualquer salário.

A FIJ lembrou que, há cinco meses, 15 funcionários da Global TV Kinshasa também foram despedidos quando exigiram que lhes fossem pagos mais de seis meses de salários em atraso, o que demonstra uma conduta ética pouco séria por parte da política congolesa Catherine Nzuzi wa Mbombo, dona de ambos os órgãos.

Gabriel Baglo, director da FIJ África, considera que os factos sugerem que estamos perante “uma política deliberada de empregar, não pagar e despedir funcionários sem indemnização”.

Por seu turno, o secretário-geral do SNPP, Stanis Nkundiye, instou o primeiro-ministro Antoine Gizenga a investigar as práticas laborais das várias empresas detidas por Catherine Nzuzi wa Mbombo, uma vez que a administração da rádio, que alegadamente não tem dinheiro para pagar aos jornalistas, disse ao responsável regional do SNPP que iria construir instalações próprias de raiz.

Partilhe