Comissário europeu visita Cuba

Aproveitando uma visita oficial de Louis Michel, comissário europeu para o Desenvolvimento e Ajuda Humanitária, a Havana, nos dias 18 e 19 de Março, o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) apelou àquele responsável político para que peça ao governo de Raul Castro a libertação dos 21 jornalistas detidos há seis anos em Cuba.

Apelo similar fez a Campanha Justiça Negada do Instituto Internacional de Imprensa (IPI) ao presidente Raul Castro, que desde Fevereiro de 2008 tem permitido alguma liberalização económica e deu passos no sentido de melhorar as relações diplomáticas com os EUA, que no início de Março corresponderam, aligeirando o embargo comercial iniciado há 47 anos.

Recorde-se que a 18, 19 e 20 de Março de 2003, as autoridades cubanas detiveram 75 dissidentes políticos, entre os quais 29 jornalistas, os quais foram julgados à porta fechada e condenados a penas de até 24 anos de prisão por alegada alta traição.

Esta acção – criticada pelas Nações Unidas, por governos estrangeiros, grupos de defesa dos direitos humanos e personalidades de todo o mundo – tornou Cuba na segunda maior prisão de jornalistas do mundo, a seguir à China, e originou sanções por parte da União Europeia, que em Junho de 2008 suspendeu essas sanções sob a condição de Cuba melhorar as suas práticas no que toca a direitos humanos.

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