Comissão Europeia entrega Prémio Natali

Quinze jornalistas receberam ontem, 3 de Maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o prémio Lorenzo Natali, no valor total de 50 mil euros, atribuído pela Comissão Europeia a trabalhos na área da defesa dos Direitos Humanos e da Democracia.

A vencedora do Grande Prémio, no valor de 10 mil euros, foi a jornalista chinesa Siew Ying Leu, autora da reportagem “De protesto de aldeia a foco de atenção nacional”, publicada no “South China Morning Post”, onde se conta a história de um grupo de aldeões de Cantão que tentou depor um governante local por suspeitas de corrupção.

Além de Siew Ying Leu, foram premiados outros 14 jornalistas de todo o mundo, três por cada uma das cinco regiões definidas no prémio: África; América Latina e Caraíbas; Ásia-Pacífico; Europa; e Mundo Árabe, Líbano e Israel.

Em África, os 5 mil euros do primeiro prémio regional couberam à sul-africana Tanya Farber, secundada por Robert Mugagga, do Uganda, que conquistou os 2500 euros do segundo lugar, e pelo nigeriano Lucky George, que recebeu os 1500 euros do terceiro posto.

Na América Latina e Caraíbas, o brasileiro Mauri Konig foi o vencedor, com a reportagem “A infância no limite II – No bordel, a debutante da selva”, publicada na “Gazeta do Povo”, seguido da colombiana Maria Teresa Ronderos Torres e da chilena Maria Paz Cuevas.

Na região Ásia-Pacífico, onde Siew Ying Leu venceu, o segundo e terceiro lugares foram para o Paquistão, com Syed Shoaib Hassan a receber o segundo prémio e Massoud Ansari a ficar com o terceiro.

Na Europa, o vencedor foi o britânico Michael Tierney, seguido do bielorrusso Andrej Dynko e do alemão Mario Kaiser, enquanto no Mundo Árabe a vitória coube ao libanês Talal El-Atrache, secundado por Mohammad Ben Hussein, da Jordânia, e Aijaz Zaka Syed, dos Emiratos Árabes Unidos.

No discurso antes da entrega do prémio, o comissário europeu para o Desenvolvimento e Ajuda Humanitária, Louis Michel, afirmou que “a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa inscrevem-se no conceito mais lato de governança, que está no centro da estratégia de desenvolvimento da União Europeia”, frisando que “uma imprensa livre, responsável e que siga princípios deontológicos fortes é um recurso indispensável da democracia e do Estado de Direito”.

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