As autoridades chinesas prolongaram por mais três meses o período de detenção sem acusação do jornalista Ching Cheong, repórter do diário de Singapura “The Straits Times” que está detido desde 22 de Abril sem acesso a um advogado.

Segundo a agência oficial Xinhua, Ching Cheong foi formalmente preso a 5 de Agosto por suspeita de estar a espiar a favor da Formosa (Taiwan), mas a sua mulher, Mary Lau, afirma que ele foi detido quando procurava transcrições de entrevistas com o antigo líder chinês Zhao Ziyang, que passou 15 anos em prisão domiciliária por se opor à repressão militar na Praça Tiananmen, em 1989.

“É deplorável que o nosso colega continue preso num centro de detenção de Pequim sem direito a aconselhamento jurídico ou quaisquer outros meios de se defender das acusações do governo”, afirmou Ann Cooper, directora-executiva do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), que instou as autoridades a libertarem Ching Cheong, pois não produziram quaisquer provas de que ele cometeu um crime.