Casal de jornalistas morto nas Filipinas

George Vigo e Macel Alave-Vigo, casados e ambos colaboradores da estação de rádio local dxND, foram assassinados a tiro a 19 de Junho em Kidapawan, localidade da ilha de Mindanao, nas Filipinas.

Até ao momento, desconhecem-se os motivos que levaram ao assassinato dos dois jornalistas, que eram também activistas dos direitos humanos, tendo ajudado a criar uma organização chamada Federation of Reporters for Empowerment and Equality (FREE). As vítimas deixam quatro filhos, de 20, 13, 9 e 7 anos.

Segundo o Sindicato Nacional de Jornalistas das Filipinas (NUJP), com estas mortes o número de jornalistas assassinados no arquipélago desde que Gloria Macapagal-Arroyo chegou ao poder, em 2001, já supera o total de repórteres mortos nos 14 anos da ditadura de Ferdinando Marcos.

Esta contabilidade macabra levou o presidente da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), Christopher Warren, a questionar quantos mais repórteres têm de morrer até que a presidente filipina “tome medidas concretas, decisivias e significativas para acabar com a matança”, em vez de aprovar leis que permitem que os jornalistas sejam portadores de armas para autodefesa, acção que em seu ver nada resolve.

Partilhe