Um tribunal do Iémen condenou Kamal al-Olufi, editor do semanário “Al-Rai Al-A’am”, a um ano de prisão por insultos ao Islão, consubstanciados na publicação das caricaturas de Maomé originalmente concebidas para o jornal dinamarquês “Jyllands-Posten”.

Além da pena de prisão aplicada ao editor, o juiz decidiu encerrar o jornal durante seis meses. Toda a sentença foi considerada “dura, desproporcionada e escandalosa” por parte da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), que vê esta condenação como um sinal de intolerância para com a imprensa contrário à maré de reformas democráticas que tem vindo a ocorrer no mundo árabe.

O facto do jornal não ter sequer publicado directamente os desenhos mas apenas uma imagem do sítio Internet do “Jyllands-Posten”, no qual são visíveis algumas das imagens, fez com que a FIJ considerasse o veredicto como “perverso e vingativo, bem como uma interferência totalmente inaceitável no trabalho dos jornalistas”.