Em Cabo Verde e na Guiné-Bissau, o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, 3 de Maio, foi assinalado com vários debates sobre o tema. Nos dois países, segundo um estudo da Freedom House, a imprensa é ainda apenas parcialmente livre.
Em Cabo Verde a jornada promovida pela Associação dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC) abordou a mudança na lei de imprensa do arquipélago e o papel dos órgãos de informação no processo de oficialização da língua cabo-verdiana.
Entre os eventos que assinalam a data conta-se a apresentação do livro “Títulos das Notícias”, de Mário Pinto e Wlodzimierz Jósef Szymaniak, no campus da Universidade Piaget; o debate sobre a liberdade de imprensa na Rádio de Cabo Verde, com a participação do presidente da AJOC, Paulo Lima; e novo debate sobre o tema, mas na Televisão de Cabo Verde, esta quinta-feira, 5 de Maio.
“A nossa ideia é a institucionalização dessa data no país. Esperamos continuar nos próximos anos, mas tudo dependerá da dinâmica da direcção e do envolvimento dos jornalistas”, realçou Paulo Lima à agência Inforpress.
Imprensa na Guiné tem “boa margem de liberdade”
Na Guiné-Bissau, o Dia da Liberdade de Imprensa foi assinalado com seminários e debates radiofónicos sobre o tema, organizados pela Casa da Imprensa guineense, com a colaboração da organização não governamental portuguesa INDE – Intercooperação e Desenvolvimento.
No discurso alusivo a este dia, o secretário-executivo da Casa da Imprensa, Domingos Meta Camará, considerou que há uma “boa margem de liberdade” no jornalismo guineense, lamentando no entanto as situações de repressão de que os jornalistas ainda são alvo e a falta de condições económicas para o exercício da profissão no país.
O mesmo responsável salientou ainda a importância de uma comunicação social “independente e pluralista”, por forma a acelerar o processo de democratização da Guiné-Bissau.