Funcionários governamentais impediram pelo menos três estações televisivas de cobrirem em directo, com equipamento satélite, as eleições legislativas no Azerbaijão, além de proibirem diversos jornalistas locais de acompanhar livremente o acto.

As autoridades justificaram a proibição da cobertura em directo das eleições porque “não existe legislação que enquadre tal situação”. Segundo o relatório da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), entidade que monitorizou o acto eleitoral, as autoridades chegaram mesmo a ameaçar de encerramento o canal privado ANS, aquele que relatou a campanha de forma mais equilibrada.

Para o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), “estes abusos são mais uma indicação de que as eleições de domingo não foram ao encontro dos padrões internacionais”, uma ideia confirmada pela OSCE, que relata abusos policiais, restrições de campanha, irregularidades de votação, contagem indevida dos votos e parcialidade pró-governo nos canais de televisão estatais.