O jornalista U Win Tin, de 79 anos, foi libertado pelas autoridades da Birmânia após 19 anos de prisão, inserido num conjunto de nove mil prisioneiros – dos quais poucos são presos políticos – que a junta militar prometera deixar sair antes das eleições prometidas para 2010.

A libertação foi saudada pela Associação Mundial de Jornais (WAN) e pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF), duas das organizações que defendiam este desfecho há vários anos e que aproveitaram a ocasião para instar as autoridades da Birmânia “a libertar todos os outros jornalistas e activistas dos direitos humanos que estão injustamente detidos pelas suas opiniões”.

Detido pela primeira vez a 4 de Julho de 1989, o jornalista foi condenado a um total de 20 anos de prisão na sequência de várias acusações de actuação contra o Estado, tendo sido bastante maltratado na cadeia e sofrido dois ataques cardíacos.

Após sair do cárcere, U Win Tin declarou aos jornalistas que pretende continuar politicamente activo apesar de estar quase a fazer 80 anos e que, de imediato, “iria apoiar Aung San Suu Kyi e a Liga Nacional para a Democracia”.